segunda-feira, 25 de maio de 2009

em busca do amor cíclico

Estava apaixonada pela barba ruiva bem ali, ao lado.
Um tipo excitante, desses fora de moda, menino nem bobo nem descrente,
nem careta e nem lobo mau.

Aquele tal jovem com ar de velho, bem da maneira que lhe encantava.
Mas só o que a moça fazia bem era tomar cerveja.

Nem colar post-it na bicicleta certa foi capaz,
mesmo que fosse a magrela do vizinho, e do ruivo: ela por descompasso não gravou bem a cor, o modelo, enfim...

A tímida é capaz de ousadias, sobretudo enquanto não mostre seu semblante (tímido).
O sujeito bem podia se assustar, seria doutra época uma paixão platônica?

Pois essa é de hoje.
E do tipo que ainda rende telefonemas do vizinho errado, coisa de falsa amélie poulain.

Falta-lhe preparo pra resolver a própria vida; afinal viver não é coisa pra amador, já dizia o poeta.