terça-feira, 7 de dezembro de 2010

constatação pragmática paulistana

Sentada num café da paulista - com os pés encharcados pela garoa numa sandália plástica preta e inadequada pro momento - descubro algo que me irrita profundamente e me impede de criar e fluir: meu pensamento incessante é por demais pragmático. Tento fugir sempre; agindo, atuando, lutando. Quando parada isso me irrita pois não estou de fato abstraindo ou sonhando. Só sonho dormindo, e muito; isso me desgosta e me faz sentir uma burocrata da pior estirpe.

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