Hoje
conversei com um especialista em projetos urbanísticos dedicados a trânsito de
veículos e fluxo de pessoas, que trabalhou em grandes eventos como o das
Olimpíadas de Londres. Ele mostrou algumas das ideias pra a cidade do Rio, no
intuito de criar corredores arborizados para o público se locomover durante a
copa e depois dela, tornando a cidade mais agradável e viável a seus
transeuntes. Essa seria a vantagem de sediar um grande evento, melhorias no deslocamento
urbano e mais infraestrutura para os moradores.
Enquanto a conversa fluía fui me dando conta do quanto estamos acostumados a que interesses alheios açambarquem soluções simples e até baratas que melhorariam o cotidiano de tanta gente, como por exemplo uma calçada mais larga de casa até o metrô ou ponto de ônibus, ou uma opção viável de transporte público do aeroporto para os principais pontos da cidade, o que existe em qualquer cidade do mundo - onde os ditos “povos desenvolvidos” não usam táxi à toa, mas uma opção coletiva e mais barata. Ele falou também sobre a dificuldade em ter aceitas novas soluções pra cidade, não só por interesses diferentes, como valorizar áreas públicas para vendê-las a empresários, mas também pelo fato das autoridades de instâncias diversas não se comunicarem de forma eficaz, tornando o processo lento e pesaroso.
Terminada a conversa, saí dali e li no jornal que um bairro da zona oeste do Rio de Janeiro tinha sido alagado, uma menina morreu e muita gente perdeu seus pertences e casas, o que fez com que prefeito e governador dessem as caras em solidariedade à comunidade. Talvez eu continue sendo muito ingênua, mas me pergunto porquê essa gente – o povo – não poderia ser o principal alvo das políticas públicas, sejam elas ligadas ou não aos grandes eventos. O engraçado é que a nossa utopia brasileira soa tão viável; que o interesse público dirija-se no sentido do povo, a fim de viabilizar uma gestão que trate como essencial o que é, de fato, primordial: moradia e deslocamento urbano; saúde; e educação e cultura.
Enquanto a conversa fluía fui me dando conta do quanto estamos acostumados a que interesses alheios açambarquem soluções simples e até baratas que melhorariam o cotidiano de tanta gente, como por exemplo uma calçada mais larga de casa até o metrô ou ponto de ônibus, ou uma opção viável de transporte público do aeroporto para os principais pontos da cidade, o que existe em qualquer cidade do mundo - onde os ditos “povos desenvolvidos” não usam táxi à toa, mas uma opção coletiva e mais barata. Ele falou também sobre a dificuldade em ter aceitas novas soluções pra cidade, não só por interesses diferentes, como valorizar áreas públicas para vendê-las a empresários, mas também pelo fato das autoridades de instâncias diversas não se comunicarem de forma eficaz, tornando o processo lento e pesaroso.
Terminada a conversa, saí dali e li no jornal que um bairro da zona oeste do Rio de Janeiro tinha sido alagado, uma menina morreu e muita gente perdeu seus pertences e casas, o que fez com que prefeito e governador dessem as caras em solidariedade à comunidade. Talvez eu continue sendo muito ingênua, mas me pergunto porquê essa gente – o povo – não poderia ser o principal alvo das políticas públicas, sejam elas ligadas ou não aos grandes eventos. O engraçado é que a nossa utopia brasileira soa tão viável; que o interesse público dirija-se no sentido do povo, a fim de viabilizar uma gestão que trate como essencial o que é, de fato, primordial: moradia e deslocamento urbano; saúde; e educação e cultura.
sem comentários liloca, é isso aí!
ResponderExcluircaio! que maravilha você por aqui, poeta! andei lendo seu blog também!
Excluirmuitas saudades, querido!