vivo numa cidade pequena há pouco e ainda me vejo seguindo o modelo produtivista: aprofundar no yoga, planejar o doutorado, aprender e produzir mais, aperfeiçoar tudo o tempo todo. de repente entendi que preciso olhar pra mim mesma, finalmente, sem as expectativas mantidas pelo paradigma social dominante. é necessário coragem para suplantar o que fomos levados a acreditar como sendo a vida ideal, o salário ideal ou qualquer outro modelo herdado compulsoriamente; ou melhor, para trabalhar 2 horas por dia e ficar na rede as outras 22, se for o seu caso.
acabei de assistir o vídeo de um tailandês (jo jandai) que simplificou tanto sua vida a ponto de chocar o mundo. frente às suas inúmeras quebras de paradigmas sociais, culturais e econômicos, o público ri. é isso que a nossa civilização parece fazer quando são questionados os valores e normas que seguimos: rir de nervoso.
será porque despendemos nossas vidas trabalhando como loucos sem saber aonde chegar? acumulando bens e títulos, ganhando status e acreditando que este corre-corre tem um sentido único de ser?
acontece que a paz e a felicidade são algo tão sutil que passam longe disso tudo. quando estou ao ar livre, plantando, praticando yoga, dançando, compartilhando uma refeição com os que estão à minha volta sinto o que é o (meu) verdadeiro sentido da vida. e é a ele que desejo com muito afinco unir-me, religar-me, como o próprio yoga diz, união comigo mesma, com a essência mais íntegra do que me compõe.
assim, prezo para que minha atuação neste ano que se inicia seja a de me desprender dos arquétipos e realizar as coisas com prazer, lembrando sempre que a vida é simples e não é obrigatório complicá-la.
[link para o video do jo jandai:
https://www.youtube.com/watch?v=21j_OCNLuYg]
[link para o video do jo jandai:
https://www.youtube.com/watch?v=21j_OCNLuYg]
Nenhum comentário:
Postar um comentário