quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

conto de chegada porteño


Pois assim foi:

Voo da pluna até montevideu, e outro a Buenos Aires. O aviao parecia um onibus, pequeno e desconfortavel, mas a comida era boa. Durante o processo todo ficamos amigos: um casal de brasileiros, uma meia brasileira-americana - que vive na capital argentina e faz um tratamento para emagrecer - e eu. Na chegada, uma outra amiga dela, Jimena, também gordinha e participante do tal tratamento, a esperava com seu tio taxista, Marcelo. Resultado: o gentil hermano ofereceu nos levar a todos até suas casas, de graça. Fomos entao os 6 no táxi, bastante apertadinhos. Eu na frente com Jimena e o motora Marcelo e os outros 3 atrás. Tive a sensação meio angustiante de não conseguir me comunicar, nunca havia estudado espanhol, tampouco queria falar português, o resultado era que eles não entendiam nada do meu portunol de primeira viagem. Passeamos então por toda a cidade, e aquela tentativa de comunicacao taxistica me cansava ainda mais, achei que nao aprenderia espanhol mesmo...
Para me causar um pouco mais de tensão, fui a última a ser deixada pelo tio taxista, depois das gordinhas e do casal de brasileiros, que ainda recusou dinheiro que o motorista os oferecia, pois não tinham trocado pesos suficientes no aeroporto. Depois dessa oferta eu quis crer na bondade do sujeito e lá fui eu sozinha no taxi, rumo a san telmo, rezando para que ele fosse um cara legal de verdade e não um patife de primeira linha, ou um canalha, como diria o nelson. Depois de uma hora, cheguei ao meu destino final, bem atrasada pro jantar com meus amigos no albergue embora bastante 'contenta' por ter sobrevivido a mais uma aventurazinha de burguesa latino-americana e me sentido num road-movie sem nada ter produzido pra tal.

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