quinta-feira, 5 de julho de 2012

E aquele Bañales nem gostava tanto de banho...

Já tinha me acontecido seriamente uma vez, estar com um pensando em outro, apegada a um passado que nem sentido mais faz. Embora insista em estar ali, martelando, atravancando o caminho e endurecendo o coração.
Dessa vez foi o contrário, quase uma lição, desse círculo que te devolve tudo mesmo que você não queira. Logo agora, quando parece que estou na melhor forma - física-emotiva-intelectual - vem alguém e me diz que não, seu coração é de outra e não pode se abrir nem se derreter por tudo de bom que eu possa ter. Mesmo depois de abrir mão de tanto banho, ou aceitar tanta areia, o  problema continua, além do coração, claro, na idade. Você devia ser 10 anos mais velha. Devo ser muito ingênua, penso eu. E depois continua no país, é muito esforço e isso não é viável quando o coração não quer. Começo a duvidar se curto esses tais corações. 
O lado bom disso foi notar como cresci nesses anos todos, pude encarar de outra forma essa perda - ou falta de ganho. De que vale espernear quando não se tem espaço de ação, nada vai mudar e a coisa só pode piorar? Se essa possibilidade de um romance tão simples, e por isso tão interessante, já se foi pelo ralo? 

Apesar da falta de simplicidade que encontro pelo mundo, somada à minha preguiça de buscar por novidades, me prometo mais ousadia e liberdade para seguir em frente. Me dou conta, afinal, de que todo o passado que eu sentia pesar num tal Bañales, já começa também a pesar a seu modo sobre meus ombros, e é preciso estar atento a esses velhos e malditos padrões que me afastam do novo. Isso já se sabe há tempos, sou uma velhinha que dá uma rejuvenescida a cada ano, o tantinho que consegue.

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